segunda-feira, junho 18, 2007

Barrigas de amor


Louvável, é esta a palavra que define a iniciativa do passado domingo. O facto de se ter alcançado o Guiness com esta iniciativa é somente um extra. O mais importante foi a intenção inicial: alertar para o decrescente número de nascimentos a cada ano que passa, num país em que a taxa de envelhecimento populacional é cada vez maior e onde a taxa de nascimentos desce cada vez mais a pique.
Ou porque querem ter filhos mais tarde, ou porque agora não dá jeito porque iria prejudicar-lhes a carreira,.. São enumeres os motivos porque cada vez mais se adia o relógio-biológico. Como homem não sou o mais indicado para falar deste assunto, mas tal não deixa de ser preocupante para a natalidade do país. É por isso que é de louvar iniciativas como estas para mostrar quando algo não está bem. Foi no mínimo enternecedor ver pela televisão esta iniciativa.

Enfim,... Esperemos que esta iniciativa não se fique por aqui.

p.s.- Bom, para os mais curiosos que ainda não saibam do número com que alcançámos o record do Guiness pelo maior número de grávidas num único espaço aqui fica: 1307. É de fazer este pequeno reparo... É que o anterior record não chegava a alcançar os 200, portanto atingir 1307...

domingo, junho 03, 2007

Qual o teu horóscopo celta?

You Are A Fir Tree

You love anything beautiful, and you have extraordinary taste.
And while it's hard for you to trust, you care deeply for those close to you.
You are a social butterfly, and you have many friends.
You handle stress well - and you are a master at relaxing after a hard day.
Overall, you are modest, talented, unselfish, and very reliable.

terça-feira, maio 15, 2007

Lisbon revisited










Nada me prende a nada.
Quero cinquenta coisas ao mesmo tempo.
Anseio com uma angústia de fome de carne
O que não sei que seja -
Definidamente pelo indefinido...
Durmo irrequieto, e vivo num sonhar irrequieto
De quem dorme irrequieto, metade a sonhar.

Fecharam-me todas as portas abstractas e necessárias.
Correram cortinas de todas as hipóteses que eu poderia ver da rua.
Não há na travessa achada o número da porta que me deram.

Acordei para a mesma vida para que tinha adormecido.
Até os meus exércitos sonhados sofreram derrota.
Até os meus sonhos se sentiram falsos ao serem sonhados.
Até a vida só desejada me farta - até essa vida...

Compreendo a intervalos desconexos;
Escrevo por lapsos de cansaço;
E um tédio que é até do tédio arroja-me à praia.
Não sei que destino ou futuro compete à minha angústia sem leme;
Não sei que ilhas do sul impossível aguardam-me naufrago;
ou que palmares de literatura me darão ao menos um verso.

Não, não sei isto, nem outra coisa, nem coisa nenhuma...
E, no fundo do meu espírito, onde sonho o que sonhei,
Nos campos últimos da alma, onde memoro sem causa
(E o passado é uma névoa natural de lágrimas falsas),
Nas estradas e atalhos das florestas longínquas
Onde supus o meu ser,
Fogem desmantelados, últimos restos
Da ilusão final,
Os meus exércitos sonhados, derrotados sem ter sido,
As minhas cortes por existir, esfaceladas em Deus.

Outra vez te revejo,
Cidade da minha infãncia pavorosamente perdida...
Cidade triste e alegre, outra vez sonho aqui...

Eu? Mas sou eu o mesmo que aqui vivi, e aqui voltei,
E aqui tornei a voltar, e a voltar.
E aqui de novo tornei a voltar?
Ou somos todos os Eu que estive aqui ou estiveram,
Uma série de contas-entes ligados por um fio-memória,
Uma série de sonhos de mim de alguém de fora de mim?

Outra vez te revejo,
Com o coração mais longínquo, a alma menos minha.

Outra vez te revejo - Lisboa e Tejo e tudo -,
Transeunte inútil de ti e de mim,
Estrangeiro aqui como em toda a parte,
Casual na vida como na alma,
Fantasma a errar em salas de recordações,
Ao ruído dos ratos e das tábuas que rangem
No castelo maldito de ter que viver...

Outra vez te revejo,
Sombra que passa através das sombras, e brilha
Um momento a uma luz fúnebre desconhecida,
E entra na noite como um rastro de barco se perde
Na água que deixa de se ouvir...

Outra vez te revejo,
Mas, ai, a mim não me revejo!
Partiu-se o espelho mágico em que me revia idêntico,
E em cada fragmento fatídico vejo só um bocado de mim -
Um bocado de ti e de mim!...

Álvaro de Campos

domingo, abril 01, 2007

The night all angels cry





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As I look back at the things I’ve done
and see the person that I’ve become
I realize I have to pay the dues for setting loose this sea of flames

As I review the path I chose,
all the damage caused
Judgement day for me has come,
I ask myself was it right, was I wrong?

This is the night all angels cry
and their tears set heaven alight
This is a night of screaming,
the sky is bleeding and no one but myself to blame
This is the night all angels cry
as they’re falling with wings on fire
This is a night of screaming,
the sky is bleeding,
I’m the one who has to pay

Now that I’m done reflecting on my past
for me there’ll be no “peace at last”
Cause I can’t wash my hands of all the bloodshed,
all the pain I caused
And as the sands of time run low
can’t find my way home
Judgement day for me has come,
I ask myself was it right, was I wrong ?

This is the night all angels cry
and their tears set heaven alight
This is a night of screaming,
the sky is bleeding
and no one but myself to blame
This is the night all angels cry
as they’re falling with wings on fire
This is a night of screaming,
the sky is bleeding,
I’m the one who has to pay

The time has come for you to go now,
everybody’s got to pay somehow Step up
and take your final bow now,
make sure to close the door on your way out

This is the night all angels cry
and their tears set heaven alight
This is a night of screaming,
the sky is bleeding and no one but myself to blame
This is the night all angels cry
as they’re falling with wings on fire
This is a night of screaming,
the sky is bleeding,
I’m the one who has to pay


Krypteria - "The night all angels cry"
(in album "Bloodangel's cry" )

domingo, janeiro 07, 2007

Carnival of rust



D' you breath the name of your saviour in your hour of need,
n' taste the blame if the flavor should remind you of greed,
Of implication, insinuation and ill will, till' you cannot lie still,
In all this turmoil, before red cape and foil come closing in for a kill

*chorus*
Come feed the rain
Cos I'm thirsty for your love dancing underneath the skies of lust

Yeah feed the rain
Cos without your love my life ain't nothing but this carnival of rust

It's all a game, avoiding failure, when true colors will bleed
All in the name of misbehavior and the things we don't need
I lust for after no disaster can touch us anymore
And more than ever, I hope to never fall, where enough is not the same it was before

Come feed the rain...

Don't walk away, don't walk away, oh, when the world is burning
Don't walk away, don't walk away, oh, when the heart is yearning



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Poets of the fall - "Carnival of rust"

(cd: "Carnival of rust", 2006)





note: Adoro esta canção. Reflecte muito certos momentos menos alegres da minha personalidade quando me encontro em baixo (= depressão e nostalgia)

sexta-feira, janeiro 05, 2007

O tempo passa por mim...

Quem diria que precisamente há 23 anos
nasceria mais um ser neste mundo: eu! =)



photo from: http://www.joelbecker.com/smoke.html

sábado, dezembro 30, 2006

Nas últimas horas de 2006...

.... venho passar por cá por uns instantes para desejar a todos os votos de um
Feliz Ano Novo para 2007!



Não me esq
ueci deste meu blog, somente tenho andado meio ocupado. Tentarei regressar assim que possa.



Atenciosamente,


Nelson















p.s.
- E
não se esqueçam de rectificar se têm todo em ordem para a passagem do ano! ;)

sexta-feira, setembro 15, 2006

Silent Scream


Richard Marx

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Twenty-four and he belives for sure he's got it made,
fame is here for good and looks will never fade.
He doesn't know - the game is never over til the cards have all been played.
Eighty-three and still he feels his best is yet to come.
He belives that youth is wasted on the young,
he's alone - the only dream he ever had was being with someone.

Love you when you're standing tall, but nobody knows you when you're falling.
All you have to do is call, but nobody ever hears the silent scream.

Christmas came and went again but still nobody came.
Starring at a wedding photo with a frame
she's alone - we should hope the lost of memory helps to ease the pain.

Love you when you're standing tall, but nobody knows you when you're falling,
all you have to do is call, but nobody ever hears the silent scream.

Memories - moments you recall,
we should be remembered for the greatest of them all.
You can't begin to live someone elses' life - or your own will pass you by.
Oh - who's to know,
Maybe we can learn a thing or two from every one...
Love you when you're standing tall, but nobody knows you when you're falling.
All you have to do is call, but nobody ever hears the silent scream ...........


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terça-feira, setembro 12, 2006

11 de Setembro de 2001 - 5 anos depois...

Há exactamente cinco anos, passavam pouco mais de 40 minutos das 13 horas e como sempre, antes de ir almoçar, passei os olhos pelas televisões. Tento antever algum tema que possa ter força suficiente para mudar a agenda da tarde.


A CNN mostra uma torre em chamas. Uma daquelas torres que vemos tantas vezes nos filmes norte-americanos. Um daqueles prédios que, de tantas vezes nos entrarem em casa, são também um dos prédios do nosso bairro. Um dos nossos. De repente um avião perfura uma segunda torre. E os minutos que se seguem parecem segundos. Tudo acontece demasiado depressa. Com uma brutalidade superior à força do comum dos mortais. As torres morrem. Não de pé, como as árvores. Mas amontoadas por cima de mais de seis mil inocentes. E a partir daquele momento a minha forma de olhar para o mundo mudou definitivamente. Aquelas duas torres, quando caíram, deitaram abaixo algumas das minhas verdades feitas sobre este mundo. Sobre o que pensava dos anos que tinha, potencialmente, pela frente-Recordo: perto de seis mil pessoas perderam a vida. Muitas mais morreram um pouco por dentro. Para sempre.

Por estes dias dei de caras com alguém que perdeu uma das torres de sustentação da sua vida. Décadas a correr, sem parar. Trabalho, ordenado, carreira e promoções. Filhos e mulher pelo meio. E mais filhos e mais carreira. Uma velocidade estonteante. Até esse dia. Essas 24 horas que separam o momento em que a mulher sofreu um acidente de viação e o momento em que foi declarada a sua morte clínica. Como parece desumano esse acto burocrático de declarar que alguém partiu, espera-se que para junto de Deus! E de repente o tempo, medido matematicamente pelos relógios, alterou-se. Como se alteraram as prioridades. Uma das grandes torres da vida desse amigo meu ruiu. E com ela morreu também grande parte de si mesmo. Está ainda a limpar o amontoado de pedras e ferros. Quer acreditar que naquele lugar vai um dia nascer qualquer coisa. Que não é a mesma. Nem a substitui. Mas recorda-a eternamente.


Fiquei seco de palavras depois de o ouvir. A voz ficou embargada. Por muito que pensasse em algo que o pudesse reconfortar só consegui dizer-lhe que a vida é assim mesmo. Que estes momentos, muitas vezes superiores às nossas forças, só podem ser vistos como uma ponte para sermos mais fortes. Ocorreu-me dizer-lhe que a vida é feita de uma renovação constante. E absolutamente manietado de prosa, revelei que um destes dias conheci uma pessoa muito especial. Que me devolveu uma imensa vontade de viver e acreditar no melhor que este mundo nos pode dar. Ganhei um novo amigo, contei-lhe. Tenho uma nova "torre" de sustentação. Às vezes é preciso acreditar que no mesmo local onde caem as torres pode nascer um dia outra base de sustentação.

( Rui Pedro Baptista, in jornal "Metro", 11 de Setembro de 2006)

terça-feira, junho 13, 2006

Debate #1














Nos dias de hoje tudo tende a ser questionado. A presente imagem é meramente um tópico para debate. A pergunta que quero lançar é: "Que farias relativamente a este assunto?"

segunda-feira, maio 22, 2006

Sad days

Bad days happen to us all, mine just tend to last years. -__-;

sexta-feira, março 31, 2006

Manhãs de solidão..

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Amanheci sozinho , na cama um vazio
Meu coração que se foi sem dizer se voltava depois
Sofrimento eu não vou agüentar
Se a mulher que nasci para viver não me quer mais...
Sempre depois das brigas nós nos amamos muito
Dia e noite a sós o universo era pouco pra nós
O que aconteceu pra você partir assim...
Se te fiz algo errado perdão volta pra mim
Essa paixão é meu mundo
Um sentimento profundo
Sonho acordado um segundo que você vai ligar
O telefone que toca, eu digo alô sem resposta
Mais não desliga escuta o que eu vou te falar

[Refrão]
Eu te amo e vou gritar pra todo mundo ouvir
Ter você é meu desejo de viver,
Sou menino e teu amor é que me faz crescer
E me entrega corpo e alma pra você...
Sempre depois das brigas nós nos amamos muito...

Essa paixão é meu mundo
Um sentimento profundo
Sonho acordado um segundo que você vai ligar
O telefone que toca, eu digo alô sem resposta
Mais não desliga escuta o que eu vou te falar

[Refrao 2x]

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"Amanheci Sozinho" - Roupa Nova

quarta-feira, março 22, 2006

Às vezes é preciso chocar..

AVISO: Post não aconselhável a pessoas muito sensíveis.


Chocados?
...e o contrário desta imagem não vos choca?!

terça-feira, março 21, 2006

Dia Internacional da Poesia










“Autopsicografia”


O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor

A dor que deveras sente.
E os que lêem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.
E assim nas calhas de roda
Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama coração.


(Fernando Pessoa)



domingo, fevereiro 05, 2006

4 dias de repouso forçado...

Pois é, o 1º semestre terminou dia 21 e a época de frequências começou logo em seguida. Porém para meu grande azar (juntando ás 2 semanas de azar que tenho dito) logo no dia em que ia ter frequência de História da Arte fico doente com febre de 39º, resultado: gripe.
Hoje pareço já estar praticamente curado (tenho só apenas tosse e doe-me a garganta, mas de resto aparenta estar já tudo em ordem).
Acho que 2a-feira já deve dar para ir saber das notas. Vamos lá ver, esperemos que em consequência da gripe não tenha que ir a exame, mas creio que a minha "sorte" actual não deve chegar a tanto.

quarta-feira, janeiro 11, 2006

A mosca Albertina, que ele domesticava.
Vem agora ao papel, como um insecto-insulto,
Mas fingindo que o poeta a esperava...

Quase mulher e muito mosca,
Albertina quer o poeta para si,
Quer sem versos o poeta.

Por isso fica, mosca-mulher, por ali...

Alexandre O'Neill

domingo, janeiro 08, 2006

Nothing Left Behind Us...













Acordei hoje para fazer mais uns trabalhos para a universidade. E , vá-se lá saber porquê, quando encontrei um dos meus antigos trabalhos que uma vez fiz há uns anos atrás, ao qual dei um nome de uma canção de Richard Marx, recordei-me da mesma. Daí foi um efeito bola de neve até chegar a esta canção( quem usar o emule só a encontrará no cd "Paid Vacation"). Por norma coloco aqui canções que reflectem o meu estado de espírito, esta não escapa à regra. Quanto ao assunto que mencionei em "Goodbye My Lover", digamos que o "escudo" tem-se aguentado por enquanto...
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You never know what we could be in store for
The way it goes, we're in for more of the same
One step beyond the flame

The thread of life
The finely woven pattern
Reveals designs in silent laughter and rhyme
One picture at a time

Chorus
There ain't nothing left behind us
Not a doubt inside us
If the angel calls tomorrow
There's nothing we haven't said
There ain't nothing left behind us
Nothing but a blind trust
I would beg, steal or borrow
To never lose you again.

It's down to us to figure out the secret
It's not enough to wait for pieces to fall
The writing isn't on the wall
Take my hand,
We'll face the fire together
To distant lands, but we can weather the storm
Keeping each other warm

Repeat Chorus

Bridge
There's never been an easy way
Everybody is bound to make mistakes
You just do what you think is right
Then laugh till you cry
Till you scream at the night.

Repeat Chorus



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Richard Marx- "Nothing Left Behind Us"
( "Paid Vacation" - 1993)